Jeanne-Marie Bouvier de la Motte-Guyon nasceu na França, em 1648, e foi
educada em conventos e desde pequena demonstrou desejo de ser fiel ao
Senhor. Mas, por ser muito bonita e por ser atraída pelo mundo, muitas
vezes esqueceu suas promessas de fidelidade a Jesus.
Casou-se com um homem inválido, 22 anos mais velho que ela, em 1664. Isso levou-a a buscar comunhão íntima com Deus. Em 1668, teve a plena experiência do amor de Cristo. Depois disso perdeu o interesse pelas coisas mundanas e gastava seu tempo em oração. Em 1970, foi vítima da forma mais virulenta de varíola, que destruiu sua beleza. "Mas a devastação exterior foi contrabalançada pela paz interior", ela testemunhou.
Casou-se com um homem inválido, 22 anos mais velho que ela, em 1664. Isso levou-a a buscar comunhão íntima com Deus. Em 1668, teve a plena experiência do amor de Cristo. Depois disso perdeu o interesse pelas coisas mundanas e gastava seu tempo em oração. Em 1970, foi vítima da forma mais virulenta de varíola, que destruiu sua beleza. "Mas a devastação exterior foi contrabalançada pela paz interior", ela testemunhou.
Até 1676,
sofreu a perda de filhos, do marido, do pai e de uma grande amiga.
Porém, tudo isso serviu apenas para que ela aprofundasse sua experiência
com Deus. De 1674 a 1680 ela perdeu a presença de Deus, aprendendo,
então, a andar por fé, não por sentimentos. Após isso, levou muitos à
regeneração e a experiência da "morte do ego". O grande número de
pessoas que, após ter contato com Madame Guyon, deixaram o mundanismo, o
pecado e se consagraram a Deus despertou o ciúme de líderes católicos e
mestres mundanos, que passaram a perseguir Guyon, Fénelon e La Combe,
membros do clero católico que receberam sua ajuda.
Madame Guyon
Embora muito
popular e admirada por muitos membros influentes na corte seus pontos de
vista logo foram suspeitos de heresia, foi consequentemente, perseguida
e aprisionada várias vezes. Manteve uma enorme correspondência e seus
trabalhos preencheram quarenta volumes. Seus escritos mais famosos foram
Um Método Muito Curto e Fácil de Orar e sua Autobiografia.
Foi
denunciada como perigosa e seguidora de Molinos (aprisionado na mesma
época, por escritos similares). Em conseqüência, foi presa e permaneceu
na prisão por meses. O rei Luís XIV pediu pessoalmente ao Bispo Bossuet,
o maior e mais famoso eclesiástico da França, que a examinasse. Este
"exame" se transformou numa inquisição mental. Bossuet, a mente mais
poderosa da França, achava estar lidando com uma mulher tola. Bossuet
encontrou uma pessoa à sua altura, ou até melhor que ele. As conclusões
de Bossuet a respeito desta mulher "perigosa" levaram Luís XIV a prender
Jeanne Guyon, sem ao menos inquiri-la ou notificá-la a respeito. Mesmo
com seu escritos condenados pelo alto clero católico, Madame Guyon
continuou seus ensinamentos e por isso foi detida quatro vezes, a última
das quais por quatro anos (1694-1702). Escreveu cerca de sessenta obras
e compôs poemas e hinos como: "Eu amo o Senhor, mas não com meu amor" e
"Longo mergulho na Aflição". Escreveu cartas para católicos e
protestantes na França, Holanda, Alemanha e Inglaterra.
Em 1702
foi banida para Blois, onde passou o resto da sua vida a serviço do
Senhor. Em 1717, aos 69 anos, faleceu, em perfeita paz.
Seus
escritos como "Torrentes Espirituais", "Experimentando as Profundezas de
Jesus Cristo" e "Experimentando Deus através da Oração", cheios de
realidade espiritual, influenciaram grandemente homens como o Arcebispo
Fénelon, John Wesley e Watchman Nee.
Deus a usou de forma
especial para abrir caminho para a restauração da vida interior, da
comunhão profunda com Ele, através da oração, da consagração plena, da
santificação e do operar da cruz. Em nossos dias, estamos apenas
começando a tocar no fluir das águas da verdadeira espiritualidade que
Deus fez jorrar através dela.
Sua autobiografia, escrita
especialmente para atender à insistência de seu mentor, o padre La
Combe, é notoriamente reconhecida como um dos maiores clássicos
cristãos. Em vários livros encontramos menções dispersas desta
autobiografia e de seus escritos, tentando resumir sua vida e obra.
Como
ela ressaltou: "Espero que o que escrevo não seja visto por ninguém que
possa ofender-se com isso, ou que não esteja em condição de ver estes
assuntos em Deus".
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