Nascida
na pequena cidade de Vaucouleurs, no interior da França, Jeanne Toussaint se
tornou uma das mulheres mais influentes da primeira metade do século 20. Deixou
seu vilarejo aos 13 anos para tentar a sorte em Paris. Anos depois, entrou para
a Cartier, na qual criou a lendária coleção Panthère, e acabou revolucionando o
mundo da joalheria.
Pouco se sabe sobre o que aconteceu com Jeanne entre sua partida do interior e seu casamento, aos 20 anos, com um barão inexpressivo. Dizem que fazia bolsas de luxo e a vida conjugal a chateou rapidamente. Em 1918, separada, conheceu e se apaixonou por Louis Cartier. O herdeiro do império de joias fez de Jeanne sua musa. Os dois estariam ligados para sempre. Não por um casamento tradicional, mas por uma parceria nos famosos ateliês da Cartier Haute Joaillerie, na rue de la Paix, 13, bem pertinho do estúdio de Coco Chanel.
Pouco se sabe sobre o que aconteceu com Jeanne entre sua partida do interior e seu casamento, aos 20 anos, com um barão inexpressivo. Dizem que fazia bolsas de luxo e a vida conjugal a chateou rapidamente. Em 1918, separada, conheceu e se apaixonou por Louis Cartier. O herdeiro do império de joias fez de Jeanne sua musa. Os dois estariam ligados para sempre. Não por um casamento tradicional, mas por uma parceria nos famosos ateliês da Cartier Haute Joaillerie, na rue de la Paix, 13, bem pertinho do estúdio de Coco Chanel.
A artista em seu estúdio em 1960
Jeanne começou sua carreira fulminante em meados dos anos 1920. Em plena crise econômica mundial, a casa Cartier passava por turbulências quando a coleção da nova desenhista fez um sucesso inesperado. Madame Toussaint inovou ao usar pedras preciosas coloridas e ouro amarelo no lugar da platina e investir em criações figurativas e meio infantis, no lugar da pompa pesada das peças antigas. Animais e flores eram seus motivos favoritos. Por causa das técnicas inovadoras e sofisticadas, broches, anéis e colares ganhavam movimento e pareciam vivos. As mulheres adoraram essa nova leveza luxuosa. E Jeanne foi nomeada gerente artística da casa. A moça sem pedigree tinha conquistado de vez seu lugar na sociedade parisiense.
Jeanne não era só talentosa e bem-sucedida. Chamava a atenção em todos os lugares com sua elegância, seus acessórios étnicos, as echarpes estampadas e os sapatos excêntricos, que importava da Índia. Durante o dia, gostava de usar um pijama azul-marinho. De noite, blusas com desenhos de chinoiserie ou pijamas de seda com colares de pérolas, que acentuavam a delicadeza de sua nuca. Fazia par- te de uma turma poderosa. Era vista com frequência com suas amigas, a marchand russa Misia Sert e a estilista Coco Chanel, que tinha uma história parecida com a dela.
Em
1914, Louis Cartier escolheu o desenho de uma pantera para ilustrar convite
para uma exposição de joias. O animal, preto e elástico, fascinou a desenhista,
que criou o broche em que a pantera de ouro branco coberta de diamantes
descansa em cima de uma enorme safira de 152,35 quilates – uma das versões mais
esculturais da coleção. O mimo foi arrematado pelo duque de Windsor para sua
mulher.
As coleções Panthère se tornaram best-seller da marca. Fizeram tanto sucesso que Jeanne acabou ganhando o apelido de “la Panthère”. Ela já estava separada de Cartier, mas continuou fiel à firma. Quando o proprietário se retirou dos negócios, ficou claro que ela é quem mandaria na rue de la Paix. Por 40 anos, Jeanne tocou o negócio com mão de ferro. Foi madame Toussaint que transformou ouro e joias novamente em moda, em glamour. Suas peças passaram a ser exibidas ostensivamente, como acontece até hoje. A Cartier continuou a saga Panthère mesmo após a morte de sua diretora de criação, em 1978. Em cada estação, são lançadas novas peças, como clutches com fivela de pantera, pulseiras de couro com cabeça de pantera e anéis de ouro amarelo com panteras de olhos verdes de esmeralda. Quase um século depois, cada peça da Cartier ainda carrega um pouco do brilho e da genialidade de Jeanne Toussaint.
As coleções Panthère se tornaram best-seller da marca. Fizeram tanto sucesso que Jeanne acabou ganhando o apelido de “la Panthère”. Ela já estava separada de Cartier, mas continuou fiel à firma. Quando o proprietário se retirou dos negócios, ficou claro que ela é quem mandaria na rue de la Paix. Por 40 anos, Jeanne tocou o negócio com mão de ferro. Foi madame Toussaint que transformou ouro e joias novamente em moda, em glamour. Suas peças passaram a ser exibidas ostensivamente, como acontece até hoje. A Cartier continuou a saga Panthère mesmo após a morte de sua diretora de criação, em 1978. Em cada estação, são lançadas novas peças, como clutches com fivela de pantera, pulseiras de couro com cabeça de pantera e anéis de ouro amarelo com panteras de olhos verdes de esmeralda. Quase um século depois, cada peça da Cartier ainda carrega um pouco do brilho e da genialidade de Jeanne Toussaint.
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